quarta-feira, 20 de abril de 2011

Um dia após o outro

Faz um tempo que não dedico parte do meu tempo a postar algo aqui. Mas não esqueci desse meio de me expressar ou postar algumas crônicas.
Muitas coisas aconteceram desde a última vez que estive por aqui.
A faculdade tem consumido algumas energias, meus pensamentos estrategistas - ou não também e até minha capacidade de exigir um ótimo texto para valer a pena ser lido.

Muitas pessoas falam que o tempo é bem relativo. Já até tentaram me provar que é.
"- Eu passando este momento com você o tempo passa rápido, mas se eu passasse esse mesmo tempo andando sobre brasas quentes, o tempo passaria devagar."
Pois bem, acho que agora que estou acostumando, o tempo está passando mais rápido. Estou me sentindo mais capaz de aguentar e desabo poucas vezes durante o mês - ao contrário do ano passado que neste instante estava arrumando as malas querendo voltar.
Não que eu não queira voltar ainda. Sim, ainda passa pela minha cabeça. Ainda mais em épocas como a Páscoa.
Eu amava a Páscoa. Sempre foi muito tradicional certas épocas do ano na minha casa e sempre reuníamos para comemorá-los.
Eu sabia que aqueles momentos seriam lembrados para sempre por isso eu os guardavam bem. Eu já sabia que alguma coisa aconteceria e só me restariam as lembranças, por isso eu os vivia.
Eu e meu sexto sentido vamos longe se continuarmos assim.
Ontem não amanheci muito bem, parecia que eu tinha sofrido muito com diversos problemas sendo que não os tinham. Bom, não tantos assim e dependia de mim resolvê-los então não me preocupei muito. Mas mesmo assim meu coração apertava.
Hoje fui surpreendida com a notícia que meu pai não havia passado bem e estava no hospital. Não era de me surpreender muito pois eu havia sentido algo, mas senti mais,muito mais.
A dor de pensar em perdê-lo me fez perceber o quanto sou fraca.
Quis estar lá. Deus, como queria. Só quem tem um pai como o meu sabe do que me refiro.
Eu sei que tudo vai ficar bem. Tem que ficar.
Nesse instante, o tempo está passando devagar.
Ainda vai demorar para revê-lo, mas certamente a sensação de espera vai aumentar.
Sempre quando acho que não estou dando o melhor que posso, do outro lado da linha tem um cara que fala que sabe que estou sim e que confia muito na minha capacidade.
Sei também que ele tem orgulho de mim, mas não é nem a metade do orgulho que tenho dele. Sinto que não posso fracassar porque ele conseguiu tudo o que tem apenas com a ajuda da minha mãe - que sabe como ninguém apoiar alguém.
Se, depois de tudo que vivi perto deles, abri mão de tudo para estar aqui hoje, devo a capacidade deles em acreditar na minha capacidade e que farei por onde tudo dar certo.
Continuo aqui, "em busca da felicidade" sozinha porque como dizem por aí, eu escolhi isso.
Bom, escolhi virar nessa esquina da minha estrada da vida e sem olhar para as consequências do que isso me trará eu continuo matando um leão por dia.
Acostumar com essa sensação de vazio é uma arte e acreditar que valerá a pena é algo ainda mais superior.
Sei que chegarei em casa dentre alguns meses e estará tudo do jeito que deixei, senão melhor.
Claro que meu sobrinho estará alguns centímetros maior e mais falante, minha irmã com mais conhecimentos graças a faculdade, meu irmão quase formado e meus pais com algumas rugas de preocupação também. Mas são consequencias de um dia após o outro.
A profissão que escolhi eu farei por amor porque sei o que é amor. Aprendi desde cedo o que são cuidados, carinho e dedicação e achei tão lindo que quis passar adiante, mas com animais.
Eu não sei quanto tempo teria que agradecer a Deus pela família que tenho, mas ao dormir e ao deitar eu vejo uma réplica do Cristo Redentor da minha janela e é sempre a primeira coisa que vejo ao acordar e a última ao dormir e as minhas palavras são sempre as mesmas:
"Muito Obrigada".

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