Certa espécie de planta que minha mãe costumava cuidar em casa, na Bahia, estava sendo deixada de lado e era a única que ninguém irrigava aqui onde moro agora, em Minas Gerais.
Ela fica num pequeno vaso na janela da cozinha e perto da pia de louças.
Neste vaso bem pequeno, onde encher a mão de água e estender até ela já era o suficiente para mantê-la viva, parecia ser trabalho demais e então ela quase não resistiu.
Vendo aquilo, lembrando sempre da minha mãe quando a via, passei a sempre molhá-la e mantê-la viva.
Foi então que ela começou a reagir e ficar forte novamente e não é mais deixada de lado e fica exposta junto com as outras.
Às vezes as pessoas só precisam de uma mãozinha, um pequeno gesto para renascer e dar o melhor de si.
Não deixe que seu orgulho tome conta de si e ajude sempre. Seja um cão faminto na rua, seja um mendigo que precisa de ajuda.
Deseje bom dia para o gari, para a faxineira, para o porteiro. Isso não te fará uma pessoa menor.
Ajude. Talvez essa seja uma das mais belas lições que Jesus nos ensinou.
A medicina veterinária é a prova de que palavras nem semprem são modos de expressão.
Um olhar, um gesto e um miado, latido, mugido, relincho podem nos dizer muito.
Talvez tudo isso tenha me tornado mais sensível e olhado o mundo de outra forma.
Ajudar sem ouvir o problema do paciente me fará uma pessoa diferente...mais perceptível e mais cuidadosa.
Estou disposta a isso e grata a Deus.
