Se a fé move montanhas, a saudade movimenta a rodoviária.
Eu sempre, sempre mesmo desejei ser médica veterinária.
Sabe aquelas criancinhas que adoram animais e dizem que quando crescerem querem ser veterinários? Pois é. Eu fui uma delas e essa criança ainda vive em mim e gritava por isso toda vez que devia tomar uma decisão sobre minha vida.
Encotrava amigos de colégio que tinham um sonho de seguir uma determinada carreira e logo após estava cursando outra totalmente contrária. Pedia a Deus para que isso não ocorresse comigo pois me sentiria a pior espécie possível.
Enfim, depois de anos e fios brancos, consigo realizar esse sonho. Só que consegui longe de casa. Pouca coisa me faria desistir dele. Só uma grande saudade e a sensação de perda de momentos que ocorrem no meu lar e o crescimento de alguém que eu amo muito, como o meu sobrinho.
Eu fui, mas minha cabeça continuava aqui. Caseira e mega na minha, foi um empacto muito grande deixar tudo pra trás e seguir esse sonho. Mas fui.
Eu vivi em 4 meses acontecimentos que não vivi por anos e anos aqui na minha cidade, no interior baiano. Eu conheci pessoas de todo modo possível e sei que não conheci nem um por cento do que me espera durante essa caminhada e nem tô preparada pra isso.
Fiz meu papel que foi estudar e com o sentimento de dever cumprido, vim pra casa. Uma sensação inédita que a gente passa poucas vezes na vida.
A saudade me fez vir antes do tempo certo e mesmo sem saber se passei em todas as matérias, eu vim. Mas agora eu sei que passei.
Eu tô em casa e agora posso finalmente curtir minhas férias e escrever minhas crônicas que postarei aqui e outras coisas que posso achar interessante.
Até lá então.
