quinta-feira, 15 de julho de 2010

Carnaval em Salvador



Engraçado como tem pessoas que aguardam um ano para a chegada de uma data. Talvez o desespero por umas férias forçadas fale alto, mas a “seca” e a cobrança dos amigos para que seja feita a retirada da “teia de aranha” na boca também conta.

Carnaval em Salvador. Finalmente. Não sei o que é mais gostosa: As pernas da Ivete ou aquela loira de Curitiba do carnaval passado.

As loiras são as mais fogosas. Pelo menos as que eu peguei foram. Aquela voz mimada não saiu da minha cabeça o mês todo:

- Aiii, você beliscou meu bumbum.

- Não fui eu. Foi o meu eu lírico.

- Ah, então me apresente a ele.

- Prazer, Éric.

- Oii Éric, você é daqui de Salvador?

- Não, sou de São Paulo e você?

- Você acha que existe uma loirona dessas aqui em Salvador?

- Bom, não sei. Se bem que loira aqui é mais difícil que achar cueca limpa em gaveta de solteiro.

- Aii Éric, que horror!

- Olha minha princesa, vamos sair desse circuito. Esse negão já passou por mim duas vezes e sempre passa a mão na minha bunda.

- Não aponta o dedo, Éric! é feio.

- Ei, não pisca pra mim, não pisca pra mim. Cara folgado. Tu é folgado mermão.

Meu, esse catador de latinhas aqui não pára de olhar para essa lata de cerveja. Como se sua vida dependesse disso.

- Dá a lata pra ele então!

- Não. Essa lata me custou R$ 2,50. Você sabe quantos pães eu posso comprar com R$ 2,50?

- Nossa , como você é mão de vaca.

- Os caras mãos de vaca costumam ser rico, sabia....er, como é seu nome mesmo?

- Cibele.

- Os mãos de vacas costumam ser ricos, sabia, Cibele?

- Ah, então vamos sair desse circuito, já tô com calor. Uiiii.

- Pronto. Aqui podemos conversar melhor. Bom e então, o que tá escrito na tua bandana?

- Me beije em japonês.

- Não seria chinês?

- Ah, é mesmo.

- É pra obedecer?

- Hummm, o seu Alírico quer?

- Eu Lírico. Sim. Ele disse que sim.

- Ah, então me beije.

- Não. Assim não tem graça.

- Como assim?

- Carnaval que é carnaval, é com beijo roubado descaradamente.

-Ah, mas eu deixo você me beijar.

- Assim eu não quero.

-Vamos, venha cá. Vamos voltar pro bloco. Você finge que não me conhece, aí eu te puxo e te beijo forçado, mas é de mentirinha.

- Ta bom. Hi hi hi hi hi.

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- Ué, já se passou cinco minutos. Cadê a Cibele? Pra onde aquela anta foi?

Meu, aquela ali não é a Cibele? E..e..e com outro cara?

--

-Ué Cibele, E o nosso combinado?

- Ah, Éric, o seu Alírico aqui foi mais rápido...